segunda-feira, 8 de abril de 2013

Biologia I - Distribuição da matéria

Transporte nas plantas

Todas as plantas, desde as mais pequenas, às mais altas precisam de transportar substâncias.
Por exemplo, as raízes terão de captar água e sais minerais do solo e transportá-los para as folhas, que realizam a fotossíntese. Os compostos orgânicos produzidos nas folhas serão depois transportados para todas as partes da planta.
O movimento de água e de substâncias inorgânicas e orgânicas nas plantas é conhecido como translocação.

As plantas podem ser classificadas em:

- Não vasculares, quando não apresentam tecidos condutores especializados no transporte de substâncias.
Exemplo: musgos.
- Vasculares, quando apresentam tecidos especializados (xilema e floema) no transporte de substâncias.
Exemplo: pinheiro.


Tecidos de transporte nas plantas
Animação McGraw Hill -
Xilema
O xilema é o tecido de transporte de seiva bruta, água e sais minerais, através do corpo das plantas.
É formado essencialmente por células mortas, os traqueídos e os elementos dos vasos.
A morte destas células deve-se ao facto de ficarem impregndas com lenhina, que dá resistência às parede celulares.
Estas células estão colocadas topo a topo e não possuem paredes transversais.

Floema

O floema é o tecido de transporte de seiva elaborada, água e compostos orgânicos, através do corpo das plantas.
O floema é formado por células vivas, as células dos tubos crivosos e as células de companhia.

O floema e o xilema percorrem todos os órgãos da planta: a raiz, o caule e a folha.

Estrutura de uma folha


A epiderme das colhas possui uma cutícula que protege as folhas da desidratação.
O mesófilo das folhas é constituído por parênquima clorofilino, que é um tecido vegetal especializado na fotossíntese.
Os feixes vasculares são duplos e colaterais, pois são formados por xilema e floema, e localizam-se nas nervuras das folhas.
 Na fotografia observam-se células de folhas da epiderme de coentros. Os estomas estão também bem visíveis na fotografia.

Estrutura das folhas -
 http://www.jsheducation.com/B21._Leaves_And_Photosynthesis.swf

Estrutura de um caule
No caule a epiderme, tal como na folha, é cutinizado para proteger a planta da desidratação.
Os feixes condutores são duplos e colaterais, estando no caso das dicotiledónias, o floema localizado na parte externa do caule.


Estrutura de uma raiz
A epiderme das raízes possui células especializadas na absorção de água e sais minerais, os pêlos radiculares.
Os feixes condutores são simples e alternos.

Legenda a seguinte figura.


Animação sobre plantas - 


Absorção de água e de solutos pela raiz

Os pêlos radiculares vão aumentar a eficiência na absorção de substâncias do solo, pois aumentam a área de absorção da raiz.

Animação McGraw Hill -
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/9834092339/student_view0/chapter38/animation_-_mineral_uptake.html

Transporte no xilema

Hipótese da pressão radicular

Esta hipótese defende que existe uma pressão de água na raiz (pressão radicular) que provoca a ascensão da seiva bruta.
A pressão radicular pode ser observada através da exsudação (choro da videira) e da gutação.


Na extremidade das nervuras da folha do morangueiro observam-se gotas de água resultantes de uma pressão radicular elevada. Este processo denomina-se de GUTAÇÃO.


Ao cortar o caule de plantas de pequeno porte junto da raiz é possível observar a pressão radicular, a exsudação.



Limitações da hipótese da pressão radicular 
  • A pressão radicular não é suficiente para explicar a ascensão da água até ao topo de certas árvores (por exemplo em árvores de grande porte);
  • Algumas espécies de plantas que não apresentam pressão radicular.
Hipótese da tensão-coesão-adesão

Na hipótese da tensão-coesão-adesão referente à ascensão da seiva bruta intervêm diversos fatores:
- Transpiração que cria tensão foliar
- Coesão das moléculas de água
- Adesão das moléculas de água às paredes dos vasos xilémicos;
- Absorção de água pela raiz.

Vídeo - http://www.dnatube.com/video/1873/Cohesion-Transport-Theory

Controlo da transpiração


Laboratório virtual - http://www.mhhe.com/biosci/genbio/virtual_labs/BL_10/BL_10.HTML

Controlo da abertura e fecho dos estomas -
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072919183/student_view0/chapter27/elearning.html

Transporte no floema
A utilização de afídeos (insetos que parasitam as plantas, sugando-lhes a seiva) pelos cientistas, permitiu-lhes descobrir a composição química da seiva elaborada.
A seiva elaborada flui com elevada pressão dentro dos vasos floémicos. Por isso, quando os afídeos se alimentam, a seiva entra pelo estilete e sai pelo ânus, permitindo assim a colheita da seiva elaborada.

Hipótese do fluxo de massa ou fluxo sob pressão

Animação de translocação - http://bcs.whfreeman.com/thelifewire/content/chp36/36020.HTML
                                                    - http://academic.kellogg.edu/herbrandsonc/bio111/animations/0032.swf

Exercícios
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.1/10.BIO.seivas.htm
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.1/10.BIO.vasos.htm
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.1/10.BIO.vasos.2.htm
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.2/10.BIO.pressao.radicular.falhas.htm
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.1/10.BIO.vasos.localizacao.htm
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.2/10.BIO.TCA.1.htm
- http://www.netxplica.com/exercicios/bio10/10BIO4.fluxo.massa.htm
- http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/transporte.plantas.2/10.BIO.fluxo.massa.2.htm
- http://www.netxplica.com/exercicios/bio10/transporte.floema.experiencia.htm




Transporte nos animais


Os sistemas de transporte nos animais são fundamentais, pois as células precisam de receber continuamente oxigénio e nutrientes e, por outro lado, precisam de eliminar dióxido de carbono e resíduos orgânicos.

Os animais aquáticos muito simples, como corais, medusas e planárias, não possuem sistema de transporte. Mas, como são muito simples e de pequenas dimensões e como vivem dentro da água, conseguem trocar as substâncias diretamente com o meio.


Nos animais mais complexos existem dois tipos de sistemas de transporte: o sistema circulatório aberto e o sistema circulatório fechado.




Sistema circulatório aberto


O sangue não circula no organismo sempre dentro de vasos sanguíneos.
Os artrópodes (aracnídeos e insectos) possuem este tipo de sistema de transporte.

O coração destes animais tem normalmente forma tubular, atravessando toda a zona dorsal.

O sangue sai do coração e percorre o espaço extracelular (fora de vasos sanguíneos), as lacunas, por este motivo é costume chamar a este tipo de sangue, hemolinfa.

O sangue (hemolinfa) regressa depois ao coração, entrando pelos ostíolos.

O percurso do sangue das células de volta para o coração, faz-se de forma muito lenta.







 Sistema circulatório fechado


Os anelídeos possuem sistema circulatório fechado.
O seu sangue circula sempre dentro de vasos sanguíneos, atingindo por isso maior velocidade e maior eficácia do que no sistema circulatório aberto.
Na minhoca existem dois grandes vasos sanguíneos, um dorsal e um ventral, que percorrem todo o corpo da minhoca. Estes dois vasos encontram-se ligados por arcos aórticos.

Sistema circulatório nos vertebrados

Nos vertebrados o sistema circulatório é mais complexo e apresenta a seguinte constituição:
- o coração que é um órgão musculoso que bombeia o sangue através de artérias;
- as artérias que ramificam-se por todos o organismo e dividem-se em arteríolas e, estas em capilares;

- os capilares são vasos muito finos, formados apenas por uma camada de células, e apresentam um calibre muito reduzido, pelo que permitem a troca de substâncias entre as células e o sangue;
- os capilares reúnem-se em vénulas e estas em veias;
- as veias são responsáveis pelo transporte do sangue de volta para o coração.

Nos peixes a circulação é simples, pois o coração só é atravessado por sangue venoso.

Circulação dupla incompleta
Nos anfíbios a circulação é dupla, pois existe circulação pulmonar e circulação sistémica.
O coração dos anfíbios apresenta um coração com duas aurículas e apenas um ventrículo, permitindo assim que o sangue venoso e arterial se misturem. Deste modo, a circulação nestes animais é incompleta.

Nos répteis, tal como nos anfíbios, a circulação é dupla incompleta.
No entanto, verifica-se uma ligeira evolução no coração, pois existe um pequeno septo a separar os ventrículos.

Nestes animais a mistura de sangue arterial e venoso não é total, pois as aurículas esquerda e direita não se contraem ao mesmo tempo.

Circulação dupla completa
Este tipo de circulação está presente em aves e mamíferos.
Nestes animais com circulação dupla completa, o coração possui 4 cavidades (2 aurículas e 2 ventrículos), não havendo por isso mistura de sangue arterial com sangue venoso.
Este tipo de circulação sanguínea permite uma melhor eficácia no metabolismo celular dos animais que a possuem. Como não se observa mistura dos dois tipos de sangue, a quantidade de oxigénio levada às células é muito maior, pelo que este animais possuem níveis metabólicos elevados, contribuindo assim, para a manutenção da temperatura corporal constante (são animais homeotérmicos ou endotérmicos).

Animações: ttps://www.lcmrschooldistrict.com/roth/PowerPoint_Lectures/chapter36/videos_animations/circulatory_systems.HTML
                                   http://www.hhmi.org/biointeractive/circulatorium/frames.html
                                   http://www.mhhe.com/biosci/genbio/biolink/j_explorations/ch19expl.htm

Circulação pulmonar e sistémica: http://www.kscience.co.uk/animations/blood_system.swf

Animação cardíaca:
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/0072495855/student_view0/chapter22/animation__the_cardiac_cycle__quiz_1_.html

 Formação da linfa

http://www.johnwiley.net.au/highered/interactions/media/Distribution/content/Distribution/lymph1a/frameset.htm