quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Biologia ano I - Obtenção de matéria

 Obtenção de matéria pelos heterotróficos
Membrana plasmática ou celular

A membrana celular delimita todos os tipos de células, quer sejam procarióticas ou eucarióticas.
A membrana celular, para além de manter a integridade da célula, constitui a principal fronteira da célula com o meio extracelular, assegurando a troca seletiva de substâncias.

Transporte através da membrana

Transporte passivo

É um transporte que ocorre a favor do gradiente e sem dispêndio de energia
O transporte passivo inclui o transporte não mediado e a difusão facilitada.
  • Transporte não mediado
As substâncias atravessam a membrana livremente, a favor do gradiente de concentração, sem a intervenção de proteínas transportadoras.

Difusão simples
Existem pequenas moléculas que atravessam a membrana plasmática a favor do gradiente de concentração (do meio hipertónico, para o hipotónico) sem dispêndio de energia.
Exemplos: o oxigénio e o dióxido de carbono atravessam a membrana por difusão simples.

Osmose
É o transporte de água através da membrana celular.
Nota: A água é um solvente universal!
A água movimenta-se do meio hipotónico (menos concentrado) para o meio hipertónico (mais concentrado), até que os dois meios fiquem com igual concentração de soluto, meios isotónicos.

Animação de transporte passivo
http://programs.northlandcollege.edu/biology/biology1111/animations/passive1.swf


  • Transporte mediado
Existem certas moléculas, tais como glicose e aminoácidos, e iões, porque têm carga elétrica, que atravessam a membrana através de proteínas transmembranares ou transportadoras.

Difusão facilitada
Este tipo de transporte é passivo, pois faz-se a favor do gradiente de concentração, sem dispêndio de energia.

Transporte ativo
Este tipo de transporte é ativo, pois faz-se contra o gradiente de concentração, com dispêndio de energia

Animação de transporte ativo
http://programs.northlandcollege.edu/biology/biology1111/animations/passive1.swf

  • Transporte em quantidade
Quando as células transportam do meio extracelular para o intracelular e vice-versa, elevada quantidade de substâncias ou mesmo outras células.
Endocitose
Transporte de substâncias do meio extracelular para o meio intracelular.

Fagocitose
A célula emite prolongamentos citoplasmáticos, pseudópodes, que englobam partículas sólidas ou mesmo outras células do meio extracelular para o meio intracelular. Formam-se vesículas de endocitose, rodeadas por membrana celular dentro do citoplasma.

Pinocitose
É um processo semelhante à fagocitose, mas as substâncias que entram na célula são fluidas e são captadas por invaginações da membrana celular. Formam-se no citoplasma vesículas pinocíticas, que são mais pequenas que as fagocíticas.

Exocitose
Ocorre a expulsão de substâncias do interior da célula, através da fusão da membrana das vesículas de exocitose com a membrana plasmática. Deste modo a célula excreta substâncias para o meio extracelular.

Animação - http://www.wiley.com/college/boyer/0470003790/animations/membrane_transport/membrane_transport.htm

Atividade Laboratorial - Osmose em células vegetais




Ingestão, digestão e absorção

A ingestão consiste na introdução dos alimentos dentro do organismo.
A digestão consiste na transformação de moleculas complexas, presentes nos alimentos, em moléculas mais simples. Estas reações são de hidrólise e ocorrem com a ajuda de enzimas, que são biocatalizadores.
A aborção consiste na entrada de moléculas simples para dentro das células através da membrana plasmática.
Digestão intracelular

Animação - http://telstar.ote.cmu.edu/biology/animation/
                    -   http://highered.mcgraw-hill.com/sites/007337797x/student_view0/chapter5/animation_quiz_-_lysosomes.html
                    - http://sites.sinauer.com/cooper5e/animation1303.html

Digestão extracorporal e extracelular

Os Fungos são seres vivos heterotróficos microconsumidores.
Os Fungos lançam enzimas hidrolíticas para fora do corpo, para o meio extracelular, onde ocorre digestão. Depois absorvem os nutrientes digeridos.
Estes seres vivos, quando multicelulares são formados por hifas, que são estrutuas celulares filamentosas, adaptadas a este tipo de digestão.

Exercício: http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/heterotrofia.2/10.BIO.digestao.tipos.htm

Animação http://bugs.bio.usyd.edu.au/learning/resources/CAL/Microconcepts/moviePages/extracellular_digestion.html
Digestão intra-corporal

A maioria dos animais realizam digestão intra-corporal, isto é, dentro do corpo, e extracelular em órgãos próprios.

Nexplica:
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/heterotrofia.2/10.BIO.tubos.digestivos.htm
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/bio10/heterotrofia.2/10.BIO.digestao.extracelular.2.htm

Animação de digestão - http://kitses.com/animation/swfs/digestion.swf

Obtenção de matéria pelos autotróficos

Os seres vivos autotróficos produzem a sua matéria orgânica, assim...

...se utilizarem a luz solar como fonte de energia, chamam-se fotoautotróficos;
...se utilizarem a energia de certos compostos inorgânicos de enxofre ou azoto, chamam-se quimioautotróficos.

ATP
A adenosina trifosfato (ATP) é uma molécula com alto valor energético para os seres vivos.

ATP sofre hidrólise e transforma-se ADP + P  Esta reação é exoenergética.
ADP + P sofre condensação e transforma-se em ATP Esta reação é endoenergética.

Vídeo - http://www.youtube.com/watch?v=bbtqF9q_pFw

Fotossíntese

A partir da luz solar, do dióxido de carbono e da água, os seres vivos fotossintéticos, como plantas, algas e cianobactérias, produzem matéria orgânica, capaz de sustentar toda a biosfera. Por isso, estes seres vivos são denominados produtores, constituindo a base das cadeias alimentares.
As folhas são os principais órgãos fotossintéticos

As células das folhas apresentam grande quantidade de cloroplastos. Estes organelos possuem dupla membrana e internamente são constituídos por tilacóides, que são estruturas empilhadas (parecem-se com pratos empilhados) que contém pigmentos fotossintéticos. Os tilacoides estão mergulhados num meio denominado estroma.

Cloroplasto:http://bio156.aznetwork.com/animated!/chapter03/videos_animations/chloroplast.html
Animação: http://dendro.cnre.vt.edu/forestbiology/photosynthesis.swf

Espetro de absorção dos pigmentos fotossintéticos

A absorção da luz pela clorofila faz-se com intensidade máxima nas faixas de comprimento de onda de 450 nm (nanómetros), que é correspondente à luz azul, e de 700 nm que corresponde, à luz vermelha. Esta descoberta foi feita através da experiência de Engelmann, que descobriu a eficiência fotossintética nessas zonas do espetro de luz.

Mecanismos da fotossíntese

Nexplica http://www.netxplica.com/exercicios/bio10/fotossintese.experiencias.htm


A fotossíntese compreende 2 fases:


- a fase fotoquímica - conhecida como a "fase clara", pois é aquela que está diretamente dependente da luz absorvida pelos pigmentos fotossintéticos.
- a fase química - conhecida como "fase escura", pois não depende diretamente da energia luminosa.
Fase fotoquímica da fotossíntese
  • A luz incide nos pigmentos fotossintéticos (clorofila) que se encontram nos tilacóides.
  • Os pigmentos fotossintéticos oxidam-se e libertam um eletrão que é recebido por um recetor primário.
  • A água sofre fotólise, ou seja, é decomposta por ação da luz em O2, que se liberta para a atmosfera, e em H+ e eletrões.
  • O ADP é fosforilado e transformado em ATP.
  • O transportador de eletrões, NADP+ transforma-se em NADPH.


Fase química da fotossíntese
  • Ocorre no estroma dos cloroplastos e é nesta fase que se forma a glicose.
  • O conjunto de reações químicas que leva à formação da glicose chama-se ciclo de Calvin.
  • É nesta fase que o CO2 atmosférico é fixado a uma molécula orgânica, a ribulose difosfato, RDP.
  • Para se formar uma molécula de glicose é necessário fixar 6 CO2 e é necessário que as reações do ciclo de Calvin ocorram também 6 vezes. Neste ciclo o ATP é desfosforilado (transferindo energia) e o NADPH é oxidado (forncendo eletrões).

Questionário sobre fotossíntese - http://www.prof2000.pt/users/geologia/testes/quiz.htm

Visão geral - http://www.mhhe.com/biosci/bio_animations/02_MH_Photosynthesis_Web/index.HTML

CN 9º - Sistema cardiorrespiratório

Circulação sanguínea


Sistema respiratório

Animação de hematose pulmonar:



domingo, 17 de fevereiro de 2013

Geologia 2 - Rochas Sedimentares


Rochas Sedimentares

As rochas sedimentares ocupam 75% da superfície da Terra e apenas 5% do seu volume.

Formação das rochas sedimentares

Envolve essencialmente os seguintes processos:


  • A sedimentogénese - Meteorização, erosão e transporte.
  • A diagénese - Compactação, cimentação (e recristalização).

Meteorização

Quando as condições do ambiente físico-químico se alteram para uma determinada rocha, ou seja, quando ela migra para um ambiente diferente daquele que a originou, então encontra-se em desequilíbrio. Essa rocha sofrerá meteorização, originando novos minerais, minerais de neoformação. Estes minerais são mais estáveis para as novas condições de ambiente físico-químico em que a rocha se encontra.

Meteorização Física

Consiste na desagregação da rocha em fragmentos cada vez mais pequenos, que fazem aumentar a superfície de exposição da rocha aos vários agentes de meteorização.
Exemplos

  • variações da temperatura;
  • formação de cristais nos poros das rochas;
  • efeito do gelo;
  • ação dos seres vivos;
  • ação mecânica das ondas;
  • ação mecânica da água (chaminés de fada);
  • ação mecânica do vento (blocos pedunculados);
  • descompressão dos maciços rochosos.


Na imagem verificam-se diaclases na Serra d'Arga. A rede de diaclases aumenta a superfície da rocha exposta aos agentes de meteorização e erosão. Deste modo, os minerais do granito vão perdendo coesão e são removidos pelas águas de escorrência, verificando-se um fenómeno de arenização rápido.



Como se vê na imagem, as raízes das plantas vão-se desenvolvendo nas fendas das rochas levando à sua desagregação.



Exercícios netxplica
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/geo11/rochas.sedimentares.1/11.GEO.meteorizacao.fisica.htm
http://www.netxplica.com/manual.virtual/exercicios/geo11/rochas.sedimentares.1/11.GEO.meteorizacao.fisica.quimica.htm


 Animação 
http://ees.as.uky.edu/sites/default/files/elearning/module07swf.swf

Animação - 22-02-2016
http://www.passmyexams.co.uk/GCSE/physics/what-is-weathering.html



Meteorização Química

Alteração química de certos minerais, que se transformam noutros mais estáveis nas novas condições ambientais, os minerais de neoformação.

Os principais agentes meteorização química são:
  • a água, com diferentes substâncias dissolvidas (por exemplo CO2);
  • os gases atmosféricos (O2 e CO2);
  • as substâncias produzidas pelos seres vivos ( as fezes das aves);
  • o clima que influencia a velocidade das reacções (por exemplo quanto mais quente e chuvosa for uma região, maior será a velocidade de meteorização).


Reações de dissolução

A água possui um enorme poder de dissolução (é um solvente universal) devido à polaridade das suas moléculas.

A halite e o gesso são minerai solúveis na água.

Vídeo
http://www.youtube.com/watch?v=xdedxfhcpWo

Reações de carbonatação

A carbonatação corresponde à dissolução do calcário.

Apesar de muitos minerais não serem solúveis em água pura, o mesmo não se verifica quando ela se encontra acidificada devido ao CO2 atmosférico.

Deste modo, a água reage com o dióxido de carbono originando ácido carbónico.

As rochas carbonatadas contém calcite (carbonato de cálcio - CaCO3) que é insolúvel em água pura. Mas, se a água estiver ácida devido à presença de CO2, então os calcários são alterados.

A carbonatação (meteorização química dos calcários) é facilitada pelas redes de diáclases (fendas).

H2O + CO2     origina     H2CO3
CaCO3 + H2CO3    origina     Ca2+ + 2(HCO3)-

O ião cálcio e o ião hidrogenocarbonato são removidos em solução, deixando apenas impurezas insolúveis. Estas impurezas são avermelhadas devido à presença de óxidos de ferro, e, permanecem no local, preenchendo bolsas e depressões, denominando-se terra rossa, como se vê na figura.


(Imagem em - http://athirstyspirit.com/2011/07/20/australias-most-famous-soil/)

Animação
http://www.yteach.co.uk/page.php/resources/view_all?id=limestone_chalk_marble_rock_water_dissolution_carbonate_mortar_cement_concrete_t_page_6&from=search

 Reações de hidrólise

São reações de meteorização que também envolvem água acidificada.

O feldspato altera-se através do contacto com água acidificada originando caulinite, que é um mineral de neoformação

Este processo denomina-se caulinização.

2 KALSi3O8 + 2 H2CO3 + H2O origina    AL2Si2O5 (OH)4 + 4 SiO2  + 2 K+ + 2 HCO3-

O ião H+ substitui o K+ na estrutura do feldspato.

Animação


Exame Nacional 2007, F1, Grupo III, exercício 4 e 5


Agentes de Erosão, Transporte e Sedimentação
  • Gravidade
  • Vento
  • Água no estado líquido
  • águas de escorrência - se a precipitação ou o degelo forem muito intensos e se o terreno tiver declive. Podem formar-se chaminés-de-fada.
  • rios;
  • mares. 
A erosão provocada pelas águas dos rios designa-se por erosão fluvial. 

Quanto maior for o caudal e a inclinação do rio, maior será o seu poder de erosão.



Junto à foz do rio Âncora o declive e a velocidade da corrente são menores, pelo que se inicia um ambiente propício à deposição de sedimentos.






  • Água no estado sólido - glaciares
"O presente é a chave do passado"

Esta afirmação resulta do princípio do atualismo do pai da Geologia, James Hutton.
Para reconstruir paleoambientes é fundamental recorrer aos fósseis que eventualmente se encontrem nos estratos.
Os fósseis são restos de seres vivos ou vestígios de atividades biológicas tais como, ovos e pegadas (estes vestígios são considerados icnofósseis) preservados nas rochas.

Processos de fossilização - http://www.fossilpark.org.za/pages/animations.html#fossilization
BBC processos de fossilização - http://www.bbc.co.uk/nature/fossils#p00ckk6p


Exame Nacional 2009 1ª Fase, Grupo I


Princípios da estratigrafia

A Estratigrafia é um ramo da Geologia, que se dedica ao estudo dos estratos sedimentares, com o objetivo de explicar como, e em que condições, se formaram esses estratos.


Os princípios da estratigrafia permitem também determinar a ordem relativa de eventos passados, sem necessariamente determinar sua idade absoluta. Assim, através da datação relativa é possível comparar a rocha que se analisa com outras, fazendo um friso cronológico.

Apesar da datação relativa só determinar a ordem sequencial em que uma série de eventos ocorreu, não quando eles ocorreram, continua a ser uma técnica útil, especialmente em materiais geológicos onde há falta isótopos radioativos.


  • Princípio da Sobreposição - Numa sequência não deformada de rochas sedimentares, o estrato mais antigo é o que se situa inferiormente, sendo as camadas supra-adjacentes sucessivamente mais recentes.




Se os estratos aflorarem, então durante algum tempo poderá haver interrupção da sedimentação e ocorrer erosão, formando-se deste modo uma superfície de descontinuidade. Devido à erosão verifica-se a ausência de estratos, denominando-se por lacunas estratigráficas.

  • Princípio da continuidade lateral - Ocorrem quando a formação de camadas sedimentares apresentam grandes extensões. Assim sendo, é possível relacionar cronologicamente colunas estratigráficas de estratos idênticos em dois locais afastados, desde que as sequências de deposição sejam semelhantes.
  • Princípio da Identidade Paleontológica - Estratos com o mesmo conteúdo fossilífero apresentam a mesma identidade e tiveram a sua origem em ambientes semelhantes.


  •  Princípio da Interseção - Estruturas geológicas (como intrusões ígneas ou falhas) que intersetam estratos são mais recentes do que estes.

  • Princípio da Inclusão - Um fragmento incorporado num outro é mais antigo do que este.


Animação com os princípios da estratigrafia


http://www.wwnorton.com/college/geo/egeo2/content/animations/10_1.htm
http://www.fccj.info/gly1001/animations/Chapter11/RelativeDatingV2.html


Exercícios

1. Ordena cronologicamente, justificando com os princípios da estratigrafia.
 
2. Ordena cronologicamente, justificando com os princípios da estratigrafia.

3. Exercício de escolha múltipla em inglês:


Reconstituição de paleoambientes



www.ig.uit.no/webgeology/webgeology_files/portuguese/geol_time_pt.html

NETXPLICA
Exame Nacional, 2009 2ª Fase, Grupo I